sábado, 31 de março de 2012

O Último: dia do mês de março

Aqui você me vê. 
Esse é o último que escrevo e você vê.


Estranho, não é ? Nossas almas parecem que não querem se separar.
Chegamos ao ápice de nossa abstinência e elas resolveram se resolver "sem nós".
Nossas almas ganharam carne, e na carne agiram.
Viver um sonho sempre foi algo poético, nunca imaginei que seria algo real.
Tão estranho, não é ?
Mais estranho ainda é você sonhar igual. 

Mas que porra é isso ?!

Já não basta as cinco moedas que joguei antes de dizer adeus para você terem dito para eu ficar ?!


Sinto saudades de todos os sorrisos,
de todas as manhãs que acordamos juntos
e todas as noites que vimos nascer.

Sinto saudade de deitar a cabeça no seu ombro e dormir no balanço da cidade.
Sinto saudade de tanta felicidade.
E vou sentir, e estou sentindo nesse momento ...
sim, nesse momento que escrevi e nesse momento que você me lê.

Mas não sinto saudades das coisas ruins,
e não sei por que tenho mais medo delas e do futuro delas
do que saudade do que foi bom.

É, a insegurança é o abismo que nos separa.
Tão medíocre isso, não é ?

É, vou indo agora. Vou para Tupanatinga.
Como sempre pode ser que não volte,
mas minha alma agora sabe te abraçar, e ela é mais livre que eu.


Vou indo agora, não volto mais aqui.
Sei que você me lê, e não faço bem a você,
não mais.

Até a próxima vida, quem sabe nessa vida (?).
Até o próximo chá, até a próxima transa, até o próximo nascer do sol.




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