segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mediocridade da partida, parte em toda parte.

Não é um texto meu ... na verdade a autora nem sabe que eu li... nem eu sabia que iria ler.

Esqueci meu Deus do ceu, esqueci sem piedade o motivo do que senti. 
E era tão forte que me acordava em plena dormencia de existir.
Disso me lembro, da plenitude, da alma pendurada entre o abismo e o nada.
Eu, em feliz fragilidade, vivendo com leveza, as alegrias, as dores, de todas as idades.
E agora esqueci, o que hei de sentir?
O que faço com esse vazio que pesa em mim? 
Olha, estou afundada na indiferença, morrida na espera. 
Não me lembro do seu rosto (procuro fotos pra aquietar a agudez do esquecimento), minha boca não sabe mais o seu gosto.
Ô meu deus, esqueci. 
A sua voz, o seu olhar, esqueci.
Se não te sei, se nem te lembro, pelo que vou esperar?
Por qual milagre acenderei velas?


escrito por Joana Pessoa.

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